28.3.09

Felcidade

Muito já foi escrito, falado, filosofado sobre felicidade.
O que me resta, é o meu singelo conceito sobre o tema.

Felicidade por Jacqueline Rosa:
Ouvindo La Vie En Rose, sinto que a felicidade está nos detalhes.
Em momentos simples, como estar em casa com os meus gatos, ouvindo uma boa música, tomando um bom vinho e pesquisando o que há de novo na web. Isso é ser feliz!


Parece pouco, para aqueles olhos cansados. Mas, para mim, é como se eu estivesse usando uma lente muito eficiente. Onde consigo ver a felicidade bem na minha frente.

Após passar por vários momentos de dificuldade, percebo que oq me faz feliz é estar bem comigo mesma. Não importa a situação, o problema pode continuar a existir, mas a maneira como eu o encaro é que me faz sentir a felicidade aqui, do meu ladinho.

Se eu fosse materializar a felicidade, eu diria que ela é como aquele bonito broche francês que eu coloco em uma camisa branca, simples e de bom gosto.

Isso é felicidade. Simples, humilde, singela, bonita, detalhista e modesta.

Estudando um pouco sobre espiritismo, percebo como é importante me sentir bem.
Estar de bom humor, para atrair a felicidade e os bons momentos.
Tudo é questão de como quero que seja o meu dia.
Eu escolho, decido, tenho o meu livre-arbítrio de encarar da melhor maneira cada perrengue.

De lutar contra o mundo e me sentir bem com isto.
No Espiritismo percebo que consegui deixar minha ansiedade mais calma, pois agora sei que se eu não cumprir a meta de minha vida, terei outras oportunidades.
Claro que isto não significa: "faça a dívida agora e pague na próxima encarnação!"
Apenas, é uma maneira que encontrei para driblar a minha mania de querer a perfeição.

Pq buscar a perfeição - neste mundo cheio de detalhes - é deixar de olhar a felicidade intrínseca em mim mesma, em cada suspiro que dou, em cada broche que escolho usar.

Comme Une Vague

Rien ne sera comme avant
D'avoir été frôlé par le temps fugace
Tout s'en va, s'envole, passe
Passera La vie s'en vient en vagues comme
L'océan Qui ne s'endort ni se lasse
Tout ce qui se voit n'est pas Pareil à ce qu'on verra dans une seconde
Tout renaît toujours des cendres
Du monde À quoi bon tenter d'écrire
Retenir Sur le sable la trace Elle arrive et tout s'efface
Et l'on recommence Comme une vague qui va

20.11.08

Sem rumo por São Paulo

Esta semana fui ao Centro da cidade que me acolhe a uns 3,5 anos.

Andei sem rumo.
Sem olhar no relógio.
Sem pensar em nada.
Apenas observando tudo e todos.

Vendo a mistura louca de gente normal - e outras nem tanto; que trabalham, lutam e vivem no Centro.
É impressionante o que muita gente faz para se virar.
Se vestem de cartazes ambulantes oferencendo empregos, jogo do bicho, atestados de tudo quanto é tipo e tantas outras coisas criativas, que só se vê no Centro de uma metrópole.

A mistura de advogados com os mendigos é algo curioso.
Ao lado da faculdade de direito se observa este grande contraste.
Sentada num café, obervei como as pessoas andam com pressa, com suas pastas, bolsas e cuidando ao máximo para não serem roubadas.
Outras, dormem na calçada, penduram suas roupas nos monumentos e ficam de olho para ver se alguém irá roubá-las, ou se irá passar alguém que possa ajudar com uns centavinhos.

No meu andar sem rumo, sem a ajuda de um Google Maps, GPS ou qualquer tipo de guia, percebi o quanto as pessoas não relaxam nunca, desde os advogados até os mendigos.
Todos têm o semblante fechado, com os seus ombros parecendo brincos, de tão tensos, esquecem de respirar fundo - ok, mesmo que o ar de São Paulo não seja um dos mais limpos.

Estamos cada vez mais obcecados por chegar em algum lugar ou fugir de algo.
Todo mundo corre. Corre porque vai começar a chover, corre porque tem audiência ou prazos, corre pra não ser pego ou para pegar. E só, apenas... corre!
Está na cara que ninguém sabe pra onde está correndo, ou porque está correndo.

Pra mim, andar sem rumo, devagar e respirando pausadamente, foi tão bom quanto uma sessão terapeutica.